A Prefeitura de Macaíba, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), está realizando com o auxílio do dispositivo ‘Osseus’, desenvolvido pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde – Lais, da UFRN, uma triagem dos usuários que estão em fila de espera para a realização da densitometria óssea, exame para diagnosticar a osteoporose, doença que ocasiona a perda de massa óssea. O mutirão de triagem iniciou na última terça-feira, dia 21, segue até o próximo dia 24, no ginásio Bezerra de Albuquerque, e vai atender 70 pessoas por dia.
De acordo com a pesquisadora do ‘Projeto Osseus’, a engenheira biomédica, doutora em engenharia elétrica, Gabriela de Araújo Albuquerque, o equipamento consegue detectar as pessoas que não precisam realizar o exame mais específico para osteoporose através de uma triagem. “O Osseus possibilita a redução da fila e qualifica os pacientes que precisam fazer o exame de densitometria, que só está disponível na alta complexidade, pois é de alto custo, enquanto o Osseus é um equipamento portátil, que não utiliza radiação e custa 100 vezes menos”, disse.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Junior Rêgo atualmente o município possui cerca de trezentos pacientes na fila. “É importante ressaltar que a densitometria óssea é um exame custeado pelo governo do estadual, através do Governo Federal, e o município faz a regulação do paciente para realizar o exame em alguma unidade do Estado”.
Junior Rêgo disse que diante da dificuldade de realizar o exame nesses outros entes, a SMS firmou parceria com o Lais e trouxe o Projeto Osseus para Macaíba, no sentido de triar as pessoas que de fato precisam da densitometria óssea e tirar da fila as pessoas que não precisam. “A estatística mostra redução em 20%, no número de pacientes que não precisam fazer o exame”.
A paciente Maria de Lurdes Melo Nunes, 73, moradora do Bairro de Jundiaí, passou pela triagem pelo Osseus, mas vai precisar fazer o exame detalhado para saber grau em que está a doença. “Sinto muita dor nos ossos e não tinha diagnóstico nenhum. Agora posso iniciar um tratamento”. Já a paciente Elizangela Xavier Ferreira, 50, sofre anos com bursite e dores no joelho. “Fiquei despreocupada porque na triagem descartou a possibilidade de osteoporose”.
Assecom PMM
Foto: Edeilson Morais