Foi realizada, na sede da Fundação José Augusto, uma reunião entre membros da Fundação, da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, e familiares da cantora Ademilde Fonseca. O objetivo foi retomar as tratativas para as comemorações do centenário da “Rainha do Chorinho”, celebrado durante este ano.
No encontro, que contou com a presença de Crispiniano Neto (presidente da Fundação José Augusto), Hailton Mangabeira (secretário de Cultura e Turismo), Anderson Tavares (secretário adjunto de Cultura e Turismo), e Ana Lúcia e Maria Eduarda, neta e bisneta de Ademilde (representando os familiares da cantora), foi debatido acerca da naturalidade da artista, questão levantada recentemente.
O adjunto Anderson, também historiador, na oportunidade, apresentou documentos históricos que comprovam que uma das vozes mais conhecidas do gênero “chorinho” é macaibense, momento que foi reconhecido pelos familiares presentes, que ainda ressaltaram o sentimento de pertença, expresso pela própria Ademilde, em relação a cidade de Macaíba.
Na reunião, ficou acertado a inauguração de uma estátua de Ademilde Fonseca na cidade, cerimônia marcada para o mês de novembro, onde também será realizada uma exposição com imagens e objetos da intérprete. Além disso, haverá o lançamento de um livro e um cordel de autoria de Airton Barreto e do secretário de Cultura Hailton Mangabeira, respectivamente. Essas ações serão desenvolvidas pela Prefeitura de Macaíba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Fundação José Augusto, e parceria com a Academia Macaibense de Letras.
“Trata-se de um momento histórico da maior relevância para a cidade comemorar o centenário de uma filha ilustre, que com o seu talento e trabalho, divulgou a cidade de Macaíba para além das fronteiras brasileiras, visto ser Ademilde Fonseca um nome internacionalmente conhecido”, comenta Anderson Tavares.
Sobre Ademilde Fonseca
Ademilde Fonseca nasceu no município de Macaíba, no dia 04 de março de 1921. Aos quatro anos de idade, foi viver com a família em Natal, onde morou até o início da década de 1940. Desde criança gostava de cantar. Ainda na adolescência, começou a se interessar pelas serestas e travou conhecimento com músicos locais. Pouco mais tarde, se casou com o seresteiro Naldimar Gedeão Delfino, com quem se mudou para o Rio de Janeiro no ano de 1941.
Ademilde não foi a primeira a cantar choro, mas se destacou lançando versões letradas de choros que já eram famosos, como por exemplo, “Tico-Tico no Fubá”, composição de Zequinha de Abreu. Sua agilidade vocal impressionava a todos, inclusive ao instrumentista Benedito Lacerda, que deu à cantora o título de “Rainha do Chorinho”. Na sua trajetória no gênero musical, Ademilde também recebeu composições de nomes como Paulinho da Viola, Martinho da Vila, João Bosco e Aldir Blanc.
A cantora faleceu de infarto fulminante em casa, no Rio de Janeiro, em 27 de março de 2012, aos 91 anos. Ao longo de sua carreira de 71 anos, a intérprete trabalhou por mais de dez anos na TV Tupi e seus discos venderam mais de 500 mil cópias. Além do sucesso no país, Ademilde também se apresentou fora do país.
Assecom-PMM